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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

AGRICULTURA


Alface e batata ficaram mais 

baratas nas Ceasas em julho

batata_peru (Foto: Francisco Maffezoli Jr)


Os preços de alface e batata caíram no mês de julho nas principais centrais de abastecimento do Brasil enquanto tomate e cenoura tiveram aumento. A informação está no 8º Boletim Prohort, divulgado nesta quinta-feira (17/8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os técnicos avaliam o comportamento dos preços das frutas e hortaliças mais representativos no mercado atacadista.
“No mês de julho não se observou tendência de preço uniforme para as hortaliças. Os preços do tomate e da cebola comportaram-se nitidamente em alta, enquanto para a cenoura pode-se dizer que estes apresentaram recuperação em alguns mercados”, resume o relatório.
A redução no preço da alface na maior parte dos locais pesquisados está relacionada à queda na demanda, diz a Conab. A oferta não sofreu grandes variações. Mas o clima mais frio costuma levar a redução no consumo, pressionando os preços para baixo.
“Como não se tem previsão de mudanças climáticas no mês de agosto, pode-se prever que as cotações da alface continuarão em queda. É o que acontece já no começo de agosto”, diz a Companhia.
A oferta maior levou a uma queda nos preços da batata no mercado atacadista, mantendo uma trajetória descendente que vem sendo verificada há quase um ano. Na Ceagesp, em São Paulo, por exemplo, os valores verificados em julho eram 60% menores que os do mesmo mês no ano passado. Em Belo Horizonte (MG), a redução chegou a 70%.
“O mercado vem sendo abastecido pela produção da safra de inverno proveniente de vários estados. Assim, a tendência dos preços é que fiquem em níveis baixos e, mesmo que ocorra alguma elevação, serão de pequena intensidade”, avaliam os técnicos, no relatório.
No caso da cebola, a Conab verificou queda nos preços apenas na região de Fortaleza (CE). Nas demais regiões, os principais movimentos de alta no mês de julho foram identificados em Vitória (ES), Recife (PE), Brasília (DF) e São Paulo (SP).
O mercado vive um momento de oferta menor, com a queda na produção interna. Neste momento, o abastecimento do mercado nacional está concentrado nos Estados de São Paulo, Goiás e Minas Gerais, além da região do Vale do São Francisco. As importações, também estão menores que os do ano passado.
No caso do tomate, a queda ocorreu apenas em Recife (PE) enquanto Fortaleza (CE) e Vitória (ES) registraram as principais altas em julho. Desde o início do ano, diz a Conab, os preços do produto têm passado por variações bruscas no mercado atacadista. Em São Paulo, por exemplo, o valor chegou a R$ 4,36 o quilo em junho. No início de agosto, variavam entre R$ 3,42 e R$ 3,63 o quilo.
“Até o primeiro decêndio de agosto observam-se baixas nas cotações, reflexo da decisão do produtor em acelerar o ritmo de colheita para aproveitar alguma alta de preço. Continuando este cenário, pode ocorrer diminuição do ritmo de colheita, possível nesta época do ano, quando ocorre períodos de temperaturas amenas e frias, retardando o amadurecimento do fruto”, diz a Conab.
Frutas
Entre as frutas, a banana e a laranja ficaram mais baratas na maior parte das centrais de abastecimento em julho. O mesmo não foi observado com a melancia. Já a maçã ficou estável na maioria dos mercados. Os técnicos da Conab ponderam que esta época do ano é de reversão de tendência para alguns produtos que vinham tendo queda de preços.
No caso da banana, as centrais de abastecimento receberam ofertas maiores das variedades prata e nanica, o que levou os preços para baixo. A prata, principalmente, da Bahia, que deve diminuir sua participação nos próximos meses, sendo compensada por Minas Gerais. Ainda assim, a tendência é de manutenção da queda nos valores.
Já o abastecimento da nanica nos entrepostos deve continuar aquecido, especialmente com a produção de São Paulo e Santa Catarina. Os técnicos da Conab acreditam que os preços dessa variedade também devem continuar com pressão de baixa, embora levem em conta o aumento da demanda pela fruta para a alimentação escolar.
Os preços da laranja caíram porque a oferta cresceu mais do que a demanda, diz a Conab. Depois de uma produção considerada ruim no segundo semestre de 2016 e início deste ano, o abastecimento foi regularizado, suplantando a procura no mercado varejista e na indústria. E as exportações estão caindo, ressalta o relatório.
A estabilidade dos preços da maçã na maior parte das regiões é explicada pela manutenção da oferta em níveis considerados elevados. Segundo a Conab, o mercado está sendo abastecido pelas frutas de boa qualidade.
“A demanda interna deverá ser suprida pelas maçãs de boa qualidade que estão nas câmaras com temperatura controlada, o que favorecerá o controle de oferta e, portanto, a recuperação dos preços ao varejo e os lucros ao produtor. Já para a próxima safra, vários pomares entraram em período de dormência, e espera-se alguns custos extras com a produção porque a previsão é de que o frio não será suficiente”, diz a Conab.
No caso da melancia, o mês passado foi de oferta reduzidas nas Ceasas, propiciando o aumento dos preços na maior parte dos estabelecimentos. A tendência, no entanto, é de redução para os próximos meses, especialmente por conta da maior oferta de frutas de Goiás e Tocantins.

 Globo Rural