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quarta-feira, 17 de julho de 2019

Mais asfalto para as vias do DF melhora trânsito e circulação

DF

Só na área central, mais de 46 toneladas de massa asfáltica foram utilizadas num único dia. Trabalhos estão sendo realizados conforme solicitações da comunidade, inclusive nos fins de semana

 “A gente se sente feliz de chegar a um lugar e ver que o governo está trabalhando”, comemorava, na manhã desta terça-feira (16), o aposentado Vicente dos Reis Silva. Morador de Riacho Fundo II, ele levava uma vizinha, que é deficiente, a uma consulta médica no Setor Comercial Norte (SCN), e gostou de ver que foram feitas obras para melhorar as condições de locomoção no local. “Não frequento diariamente, mas, quando venho aqui ou quando vou a qualquer outra cidade, quero ver tudo funcionando e com a manutenção em dia”, disse.
O aposentado Vicente dos Reis Silva: “A gente se sente feliz de chegar a um lugar e ver que o governo está trabalhando” / Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília
O cenário renovado é consequência do engajamento do Governo do Distrito Federal (GDF) na recuperação das vias de circulação de trânsito. Só no sábado (13), mais de 46,6 toneladas de asfalto foram utilizadas, na recuperação asfáltica de vários pontos da área central de Brasília. Boa parte desse volume contemplou o estacionamento da Quadra 1 do SCN. O local estava tomado por buracos gigantes, situação que aumentava a poeira e os riscos de acidentes e dificultava tanto a circulação de pessoas quanto o trânsito.
João Batista Rodrigues lava carros no Setor Comercial Norte e destaca as obras: “Para a gente que trabalha aqui todo dia, é muito melhor”” / Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília
Ouvidoria
O trabalho de recuperação no local foi solicitado por meio da Ouvidoria Geral há menos de um mês. “Como muitos dos nossos condôminos reclamaram do estacionamento esburacado, entrei em contato com o governo, e foi até rápido, se compararmos a outros anos”, avalia a gerente predial do América Office Tower, Viviane Constâncio. “Se você olha lá de cima, logo cedo, quando não há carros, vai ver que por quase todos os lados havia buracos. Estava uma situação muito difícil mesmo”.
Há sete anos ganhando a vida como lavador de carros naquele ponto, João Batista Rodrigues enumera os benefícios da revitalização do estacionamento. “Para a gente que trabalha aqui todo dia, é muito melhor”, destaca. “Eram muitos buracos, tinha gente se desequilibrando, rodas de carro amassadas…”, enumera.
Produtividade
Além do Setor Comercial Norte, mais de 90 servidores da Novacap se dividiram em equipes que tocaram obras em outros pontos da cidade, como Setor Bancário Norte (SBN), Setor Bancário Sul (SBS), Setor de Autarquias Norte (Saun) e ainda o Setor de Múltiplas Atividades Sul (Smas). “Estamos trabalhando nos finais de semana, pois conseguimos ter uma maior produtividade e com menos riscos de acidente”, explica o diretor de Urbanização da companhia, Luciano Carvalho.
As equipes também atuaram no recapeamento do Setor Policial Sul, na manutenção de vias nas quadras 9 e 11 do Park Way, na pista de acesso à avenida L2 Sul e nos condomínios Dom Bosco, no Lago Sul. Nesses locais, mais de 468 toneladas de massa asfáltica foram utilizadas.

FONTE: AGÊNCIA BRASÍLIA 

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

TRÂNSITO

Fiscalização do licenciamento de veículos começa em 1º de setembro 

 

A fiscalização do certificado de registro e licenciamento de veículo (CRLV) no Distrito Federal começa em 1º de setembro.
A fiscalização do certificado de registro e licenciamento de veículo (CRLV) no Distrito Federal começa em 1º de setembro.
A fiscalização do certificado de registro e licenciamento de veículo (CRLV) no Distrito Federal começa em 1º de setembro. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília-26.9.2016
Quem está em débito com o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) deve ficar atento para não sofrer penalidade.
Dirigir sem o documento é infração de natureza gravíssima.
O condutor é multado em R$ 293,47, perde sete pontos na carteira nacional de habilitação (CNH) e tem o veículo removido ao depósito.
A retirada só será possível mediante pagamento das despesas com guincho, diária e vistoria.
De acordo com a Secretaria de Fazenda, até o momento, cerca de 798.215 veículos estão licenciados, o que corresponde a apenas 47% da frota de Brasília, que é de 1.696.379 veículos.
A falta de licenciamento é a infração mais comum no DF. No primeiro semestre deste ano, 76,4% dos veículos apreendidos foram retirados das ruas da cidade e levados para os depósitos do Detran-DF devido à ausência do documento.
Em comparação ao mesmo período de 2016, o número de veículos recolhidos por essa infração cresceu 17,5% — passou de 8.085 para 9,5 mil.
Aqueles que não receberam o documento devem acessar o site do Detran-DF para saber se há restrições. Caso haja, o boleto com o débito poderá ser impresso na própria página do órgão.
O recebimento do CRLV é condicionado ao pagamento do IPVA, do seguro obrigatório DPVAT, da taxa de licenciamento e de eventuais multas.

Detran-DF orienta manter endereço atualizado

O Detran-DF orienta os contribuintes a manter o endereço residencial atualizado. De cada dez licenciamentos expedidos, quatro são devolvidos porque os responsáveis não foram encontrados.


AGÊNCIA BRASÍLIA

 

domingo, 6 de agosto de 2017

BRASIL

Crise multiplica mendigos e até 

executivos viram sem-teto no Rio 

de Janeiro

Sem-teto dorme na rua no Rio de Janeiro Mauro Pimentel/ AFP



Vilmar Mendonça foi gerente de Recursos Humanos de várias empresas, mas há um ano e meio mora nas ruas do Rio de Janeiro, junto a milhares de vítimas da crise da Cidade Maravilhosa.Mendonça perdeu seu emprego em 2015. 

Conseguiu se manter com suas economias por algum tempo, mas ficou sem dinheiro para pagar o aluguel.Hoje, aos 58 anos, ele dorme em um banco em frente ao aeroporto Santos Dumont, deixa alguns pertences em uma agência bancária da qual é cliente, faz sua higiene em banheiros públicos e sobrevive da comida distribuída por ONGs."É uma situação terrível para mim, mas não tenho outra alternativa", diz este ex-executivo, magro, divorciado e sem filhos, natural de Itajaí (Santa Catarina), enquanto analisa ofertas de trabalho em seu computador graças ao Wi-Fi do aeroporto.Com camisa social e tênis moderno, Mendonça não aparenta ser um dos milhares de sem-teto da cidade, de seis milhões de habitantes.
Com camisa social e tênis moderno, Mendonça não aparenta ser um dos milhares de sem-teto da cidade, de seis milhões de habitantes.
Vilmar Mendonça foi gerente de Recursos Humanos de várias empresas e hoje vive nas ruas do Rio
No final de 2016, a prefeitura do Rio registrava 14.279 pessoas em situação de rua, o triplo que em 2013.Setenta deles têm nível superior, como Mendonça, que se formou em administração de empresas em São Paulo e trabalhou para a subsidiária de uma multinacional.Sua situação reflete a gravidade de uma recessão que deixou 13,5 milhões de desempregados, assim como a realidade de uma cidade que há apenas um ano inaugurava com pompa os Jogos Olímpicos.

Mendonça fala da dificuldade de procurar e de conseguir ajuda em um momento como esse. Como muitos, ele não contou sua situação a quase ninguém."Quando você está em uma situação assim, ninguém quer estar perto de você", comenta.

Apesar de tudo, ele acredita que isso é algo passageiro e se esforça para não deixar a peteca cair.Durante o dia, faz exercícios físicos, lê em cafés e livrarias, escreve em seu perfil no Facebook - onde aparece de terno e gravata - e vai a entrevistas de trabalho, nas quais concorre com centenas de candidatos mais jovens que ele.

À noite, coloca roupas simples e um boné para passar despercebido, enquanto se cobre, deitado no banco, perto das câmeras de segurança do aeroporto.
"Eu procuro ficar isolado, até para não perder o foco da minha subsistência, porque se eu me juntar com outras pessoas posso conviver com coisas que não quero, como drogas ou sujeira", afirma.

Funcionários sem pagamento

Embora a maioria dos cariocas estejam acostumados a desviar o olhar, os turistas que passeiam por Copacabana e Ipanema se surpreendem com a quantidade de pessoas sem-teto que encontram pelas esquinas - um cartão postal muito diferente do anunciado nos guias de viagem.
No centro histórico, perto dos Arcos da Lapa, a cada noite grupos de até 20 pessoas ocupam ruas inteiras, e dezenas dormem sobre papelões, enrolados em mantas.

A imagem impressiona, mas não tanto quanto as histórias por trás de cada morador de rua.
A maioria é de negros de origem pobre, e muitos são viciados em drogas, com problemas psicológicos ou familiares; há também vendedores ambulantes e funcionários públicos aposentados, como Gilson Alves.Alves, de 69 anos, trabalhou durante 35 anos como técnico em radiologia em hospitais públicos do Rio. Mas devido aos atrasos no pagamento da sua aposentadoria, teve que vender seus pertences e sair do apartamento alugado.

Alves nunca teve uma vida fácil. 
Aos cinco anos, perdeu uma perna quando foi atropelado por um bonde. Há dois meses, foi para a rua com uma sacola e, depois de lhe roubarem tudo, foi resgatado pelos serviços da prefeitura e levado a um dos 64 albergues municipais, com capacidade para 2.200 pessoas.
"Me sinto muito triste, humilhado com esta situação, machucado por ter prestado tantos anos de serviço na área de saúde (...) e não ter conseguido construir nada por culpa de um governo", diz.

Ele divide quarto em um albergue da Ilha do Governador com seis pessoas idosas, entre elas Jorge da Cunha, um operário com problemas respiratórios, de 63 anos, que perdeu seu trabalho há dois anos.
O lado mais fraco

"A situação é crítica", reconhece em declarações a secretária de Assistência Social do Rio, Teresa Bergher.Muitos brasileiros chegaram ao Rio procurando emprego durante a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, mas hoje o estado está com os cofres vazios, vítima da queda do preço do petróleo e atingido por uma corrupção endêmica.O ex-governador Sérgio Cabral (2007-2014) foi condenado a mais de 14 anos de prisão, acusado de desviar milhões de reais. Uma parte da quantia recuperada permitiu, em março, pagar os décimos terceiros atrasados de cerca de 150.000 funcionários públicos aposentados.

"O crescimento acelerado de pessoas em situação de rua no Rio se deve principalmente à crise econômica e também à falta de políticas públicas para o setor", afirma a defensora pública Carla Beatriz Nunes.Diante deste vazio, redes de voluntários de igrejas e ONGs oferecem atenção social, servem cafés da manhã e algumas organizam até aulas de ioga para os sem-teto."Quem paga pela crise é quem tem menos condições financeiras, menos estudos", afirma Robson, um operário da construção desempregado, de 43 anos, cujo rosto sujo faz com que seus brilhantes olhos azuis sobressaiam ainda mais.

UOL