Mostrando postagens com marcador PYONGYANG. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador PYONGYANG. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

MUNDO

Governador de Guam diz que ilha 

está "preparada para o pior"

Governador de Guam diz que ilha está preparada para o pior
"No caso de ataque nuclear não só será uma catástrofe em Guam, na Coreia do Sul ou Japão, mas em todo o mundo"
 | 


O governador de Guam, Eddie Calvo, assegurou hoje que as autoridades locais "estão preparadas para o pior cenário", caso a Coreia do Norte cumpra a ameaça de atacar a ilha com mísseis.

"Ainda que as possibilidades (de ataque) sejam mínimas, é o trabalho do Governo local estar preparado para qualquer eventualidade", assegurou o governante durante uma conferência de imprensa.
Calvo indicou que "não há alterações no nível de segurança" e pediu à população e visitantes que mantenham os seus planos.
"No caso de ataque nuclear não só será uma catástrofe em Guam, na Coreia do Sul ou Japão, mas em todo o mundo", disse.
O governador e o secretário para a Segurança, George Charfauros, mostraram-se confiantes no sistema de defesa antibalístico, destacado pelos Estados Unidos na ilha, e nas medidas preventivas ativadas por Seul e Tóquio.
"A possibilidade de um ataque com mísseis superar as camadas de defesa, nossas ou dos aliados (...), seja com um míssil ou vários, é de 0,00001", disse Charfauros.
Na passada quinta-feira, o regime de Pyongyang disse estar a preparar um plano para disparar, em meados de agosto, quatro mísseis contra as águas territoriais de Guam, com uma população de 163 mil habitantes e um território "não incorporado dos Estados Unidos".

RTP

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

MUNDO



Coreia do Norte confirma plano para atacar Guam com mísseis





O presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un (Foto: Carlo Allegri/Reuters; KCNA/via Reuters)


 A Coreia do Norte confirmou nesta quinta-feira (10) que planeja disparar quatro mísseis contra a ilha americana de Guam, no Pacífico, alegando que apenas a força faz sentido para o presidente americano, Donald Trump.

"Um diálogo sensato é impossível com um sujeito assim, desprovido de razão, e com ele só funciona a força absoluta", indicou a agência estatal KCNA, citando o general norte-coreano Kim Rak-gyom.
A ameaça ocorre após os Estados Unidos advertirem os norte-coreanos, na quarta (9), de que o país está arriscando a sua "destruição" se continuar com o programa armamentista. Trump destacou o poder nuclear americano diante da crescente inquietação internacional, um dia depois de prometer "fogo e fúria" a Pyongyang "como o mundo nunca viu".
"Espero que nunca tenhamos que usar esse poder", acrescentou Trump, após a sua advertência sem precedentes ao governo de Kim Jong-un, que ameaça atacar o território americano com mísseis nucleares.Longe de apaziguar a situação, o secretário americano de Defesa, Jim Mattis, pediu que a Coreia do norte "detenha" o desenvolvimento de armas nucleares e pare de fomentar ações que levem "ao fim de seu regime e à destruição de seu povo".
Em sintonia com os tuítes de Trump, o chefe do Pentágono minimizou o poderio militar de Pyongyang, afirmando que "perderia qualquer corrida armamentista ou conflito que começasse" com os EUA.
A repercussão dos tuítes de Trump e de sua incendiária declaração de terça-feira (8) de seu clube de golfe em Nova Jersey, onde está de férias, afetaram a queda do dólar, as principais bolsas mundiais e despertaram inquietações.
Nesta quinta, o Japão afirmou que "jamais poderá tolerar as provocações" de Pyongyang. "Apelamos firmemente à Coreia do Norte para que leve a sério as reiteradas advertências da comunidade internacional, acate as resoluções da ONU e se abstenha de realizar novas provocações", disse o porta-voz do governo japonês Yoshihide Suga.
O funcionário japonês destacou que "é muito importante manter o poder de dissuasão americano diante da gravidade da situação de segurança na região".
Na véspera, a China exortou que se evitem "as palavras e os atos suscetíveis" de agravar a situação, enquanto Berlim pediu "moderação" às partes. A França, no entanto, elogiou a "determinação" de Trump ante Pyongyang.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, se mostrou "preocupado", e pediu por meio de seu porta-voz que reduzam as tensões e apelem para a diplomacia.
A pedido de Washington, a Organização das Nações Unidas endureceu há alguns dias as sanções contra Pyongyang por seu programa nuclear, que poderia custar ao governo norte-coreano um bilhão de dólares anuais.
 (Foto: Editoria de Arte/G1)(Foto: Editoria de Arte/G1) (Foto: Editoria de Arte/G1)

"Não há para onde correr"

Os Estados Unidos descartam uma "ameaça iminente" para Guam, um estratégico enclave militar, onde conta com 6.000 soldados, e outros objetivos, confiando que a pressão diplomática irá prevalecer.
"Acho que os americanos devem dormir bem, sem nenhuma preocupação sobre esta particular retórica dos últimos dias", disse o chefe da Diplomacia americana, Rex Tillerson, após justificar a "mensagem forte" do presidente Trump "em uma linguagem que Kim Jong-un pode compreender".
Sobre o fato de os comentário de Trump surpreenderem o seu círculo mais próximo, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, disse que o Conselho de Segurança Nacional e outros funcionários sabiam que "o presidente iria responder [...] com uma mensagem forte em termos inequívocos".
A remota e paradisíaca ilha de Guam, de apenas 550 km2 e onde vivem 162.000 pessoas, em sua maioria dedicados ao turismo, permanecia calma nesta quarta-feira diante da ameaça norte-coreana. O governador, Eddie Calvo, minimizou os atos de Pyongyang, mas assinalou que o território está "preparado para qualquer eventualidade".
Vista aérea de Guam (Foto: Marinha dos EUA via Reuters)Vista aérea de Guam (Foto: Marinha dos EUA via Reuters)Vista aérea de Guam (Foto: Marinha dos EUA via Reuters)
"Não é que haja algo que possamos fazer realmente, esta é uma ilha pequena, não há para onde correr", disse o morador James Cruz, da capital Hagåtña.

Rápido avanço

A retórica de Trump tem apresentado uma escalada em relação a Pyongyang, após dois testes bem-sucedidos de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) por parte do governo de Kim Jong-un.
O primeiro teste, descrito pelo líder norte-coreano como um presente aos "bastardos americanos", mostrou que o dispositivo poderia alcançar o Alasca. O segundo sugeriu que poderia chegar até Nova York.
Na terça-feira, o jornal "The Washington Post" relatou que a Coreia do Norte teria a capacidade de colocar pequenas ogivas nucleares nestes mísseis, segundo um relatório da Agência de Inteligência de Defesa (DIA, em inglês).
O jornal americano também assinalou que outra avaliação da Inteligência considerou que a Coreia do Norte tem agora até 60 armas nucleares, mais do que se pensava.
Alguns especialistas asseguram que Pyongyang ainda deve superar obstáculos técnicos, em especial para conseguir fazer uma miniatura de uma ogiva nuclear para introduzi-la com sucesso em um míssil.
Mas apesar das discrepâncias, todas estão de acordo que a Coreia do Norte avança rapidamente em sua corrida de armas nucleares desde a chegada de Kim Jong-un ao poder, em dezembro de 2011.


AFP