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domingo, 13 de agosto de 2017

MUNDO

Guerra seria desastrosa para as duas Coreias e o Japão, dizem especialistas



Imagem divulgada pelo governo da Coreia do Norte de lançamento de míssil Hwasong-12 - AP


PEQUIM — Ninguém ousa se comprometer com previsões certeiras para o futuro da Península Coreana. Otimismo em excesso, ou não, especialistas consideram pouco provável um conflito. Este parece ser o consenso até agora. O motivo é que uma intervenção militar teria consequências desastrosas — sobretudo para as duas Coreias e o Japão. Fala-se em um potencial de mortes de dezenas de milhares, em uma batalha convencional de poucos dias, a dezenas milhões de mortos, no cenário mais sombrio, o de uma guerra nuclear. Neste caso, o mundo poderia estar diante do maior número de vítimas desde a Segunda Guerra Mundial.
O último teste de míssil balístico de longo alcance, o chamado ICBM, realizado por Pyongyang, tratou de jogar mais lenha na fogueira diplomática. Mostrou que as bombas do regime de Kim Jong-un têm finalmente capacidade de atingir os Estados Unidos. Tudo o que os americanos queriam evitar. Se a leitura geral é a de que as provocações cada vez mais ostensivas não passam de um jogo de palavras, o temor é que, diante de um erro de interpretação ou de cálculo, se transformem na centelha necessária para uma nova guerra.
Analistas ouvidos pelo GLOBO nos quatro países que seriam mais afetados por um conflito classificam as consequências como dramáticas.
— A via militar é muito arriscada para os Estados Unidos. Mesmo com seus armamentos e serviço de Inteligência avançados, não teriam como destruir o arsenal norte-coreano, nem conter as chances de uma retaliação nuclear — avalia Tong Zhao, especialista em Península Coreana do Centro Carnegie-Tsinghua para Política Global em Pequim.

RÁPIDO CONTRA-ATAQUE
Baseado na Coreia do Sul, Robert Kelly, professor do Departamento de Ciência Política e Diplomacia da Universidade Nacional de Busan, vê pouca chance de um ataque americano. “É muito ruim que a Coreia do Norte tenha esses armamentos, mas podemos nos adaptar, como fizemos com o arsenal nuclear de outros países”, diz em referência a Rússia, China e Paquistão.

— É improvável que os Estados Unidos ataquem e menos ainda que a Coreia do Norte o faça primeiro. Mas improvável não significa 0% — completa Robert Dujarric, do Instituto de Estudos Asiáticos Contemporâneos da Universidade Temple, em Tóquio.
Com 25 milhões de habitantes, a Coreia do Norte é o país com quarto maior exército em números absolutos, com um contingente de 1,1 milhão a 1,2 milhão de pessoas. Parte de seu arsenal está escondida em túneis profundos para deixá-la longe dos olhos inimigos. Isso aumenta as chances de um rápido contra-ataque, caso o país seja atingido pelos EUA. Especula-se que agiria depressa até mesmo pela sua capacidade restrita de suprir o imenso exército com alimentos e armas.
RÁPIDO CONTRA-ATAQUE
Baseado na Coreia do Sul, Robert Kelly, professor do Departamento de Ciência Política e Diplomacia da Universidade Nacional de Busan, vê pouca chance de um ataque americano. “É muito ruim que a Coreia do Norte tenha esses armamentos, mas podemos nos adaptar, como fizemos com o arsenal nuclear de outros países”, diz em referência a Rússia, China e Paquistão.
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Com 25 milhões de habitantes, a Coreia do Norte é o país com quarto maior exército em números absolutos, com um contingente de 1,1 milhão a 1,2 milhão de pessoas. Parte de seu arsenal está escondida em túneis profundos para deixá-la longe dos olhos inimigos. Isso aumenta as chances de um rápido contra-ataque, caso o país seja atingido pelos EUA. Especula-se que agiria depressa até mesmo pela sua capacidade restrita de suprir o imenso exército com alimentos e armas.


O Globo



quinta-feira, 27 de julho de 2017

MUNDO


Cientistas chineses criam o maior universo virtual do mundo


https://abrilexame.files.wordpress.com/2017/07/thinkstockphotos-623431736-e1501178212235.jpg?quality=70&strip=info&w=680&h=453&crop=1
Virtual: o universo virtual é cinco vezes maior que o até agora considerado maior (liuzishan/Thinkstock)
 Auxiliados pelo supercomputador mais veloz do planeta, o Sunway TaihuLight, cientistas chineses conseguiram criar o maior universo virtual nunca antes alcançado, informou nesta quinta-feira o jornal “South China Morning Post”.
Este universo foi criado por meio de uma hora de cálculos do computador em sua máxima potência, usando 10 milhões de processadores multinúcleo, e criando com isso 10 trilhões de partículas digitais que, segundo os cientistas, reproduzem o nosso universo nos seus períodos mais jovens.
“Conseguimos chegar ao momento em que tinham transcorrido 10 milhões de anos desde o Big Bang, uma etapa muito jovem do universo (que atualmente tem 1,3 bilhão de anos) em que a maioria das galáxias ainda não tinham nascido”, destacou o professor Gao Liang, do Observatório Astronômico Nacional.
Este universo virtual é cinco vezes maior que o até agora considerado maior, gerado no mês passado por astrofísicos na Universidade de Zurique (Suíça).
A recriação pode ajudar a investigar questões como a natureza e extensão da matéria escura, um dos grandes enigmas científicos do momento.
Além disso, também pode servir como “mapa” para o maior radiotelescópio do mundo, o FAST, que também está na China e foi inaugurado no ano passado na província central de Guizhou.
O supercomputador Sunway TaihuLight, com base na cidade chinesa de Wuxi, é considerado o mais rápido do mundo desde o ano passado, segundo a lista Top500.
Com uma velocidade de 93 petaflops, é três vezes mais potente que o Tianhe 2, o segundo mais rápido do mundo, também na China.
As recriações de universos virtuais para estudos físicos começaram na década de 1970 e então eram criados com apenas milhares de partículas digitais. Apenas em anos recentes se superou o patamar do trilhão de partículas por meio de supercomputadores de países como Estados Unidos, Japão e China.
A expectativa é que os chineses consigam em breve maiores avanços neste campo, dado que o país desenvolve uma nova geração de supercomputadores até 10 vezes mais rápidos que o Sunway TaihuLight, que poderiam começar a funcionar no final desta década.

EFE