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sábado, 12 de agosto de 2017

TURISMO

Brasília, gosto tanto dela assim!
https://goo.gl/maps/PDSEBuSsn192


Para desilusão de muitos estrangeiros, a capital do Brasil não é Buenos Aires, e sim Brasília! Cidade linda que fica localizada no centro-oeste brasileiro, rica em natureza e com um mix cultural incrível herdado dos imigrantes do país inteiro.

História de Brasília

O primeiro projeto para interiorizar a capital do país surgiu na Constituição da República de 1891, mas somente em 1956, quando o Presidente Juscelino Kubitschek foi eleito, que o plano foi colocado em ação. Brasília foi planejada pelo urbanista Lúcio Costa e pelo arquiteto Oscar Niemeyer, sendo inaugurada 21 de abril de 1960 e, assim, os órgãos federais (que antes estavam na antiga capital Rio de Janeiro) foram transferidos para a Nova Capital.
Oscar Niemeyer arquitetou a construção dos prédios que são as sedes do Governo Federal, o modelo das superquadras e vários pontos turísticos da Capital. Lúcio Costa fez um projeto urbanístico da cidade, chamado de Plano Piloto, que foi inspirado no sinal da cruz, mas se parece mais com um avião. No projeto, foi determinado áreas específicas como as residenciais, administrativas, comerciais, industriais, recreativas e culturais. O projeto consistiu em Eixo Rodoviário (ou eixão para os brasilienses) sentido norte-sul e Eixo Monumental, sentido leste-oeste.
O Eixo Rodoviário é formado pelas Asa Sul e Asa Norte, compostas pelas superquadras residenciais, quadras comerciais e entrequadras de lazer e diversão, com numeração de 2 à 16. O Eixo Monumental é composto pela Esplanada dos Ministérios e Praça dos Três Poderes à leste; Rodoviária, Setores de Autarquias Norte e Sul, Setores Comerciais Norte e Sul, Setores de Diversão Norte e Sul e Setores Hoteleiros Norte e Sul em posição cêntrica, e a Torre de Televisão, Setor Esportivo, e a Praça do Buriti (sede do Governo de Brasília) à oeste.
Os limites do Plano Piloto são definidos pelo lago Paranoá, a leste; pelo córrego Vicente Pires, ao sul; pela Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA), ao oeste; e pelo córrego Bananal, ao norte.
Em Brasília, não há bairros e sim Regiões Administrativas (RA). Ao todo, são 31 RAs. Há também muitas áreas verdes com pomares entre uma rua e outra, árvores tortas (vegetação típica do cerrado) e ipês coloridos. Sem falar no belíssimo céu que contempla a cidade. Não é à toa que Brasília recebeu o título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.
Entenda como andar em Brasília, clique aqui!
Lista dos Setores e suas siglas, clique aqui!

Informações importantes sobre Brasília

Idioma oficial – português brasileiro.
Moeda local – real brasileiro.
Fuso horário – UTC -3. O horário de verão começa em outubro e termina em fevereiro.
Código da área – +55 61
Religião predominante – católica.

Como chegar em Brasília

Carro – Brasília está no centro do país e as principais rodovias de acesso são as BRs 040, 060, 020 e 070.
Avião – voos diários saem das principais cidades brasileiras e capitais internacionais e chegam em Brasília. Geralmente, os preços das passagens aéreas são melhores nos finais de semana e feriados, pois é o contrafluxo dos Deputados e Senadores.  Veja como pesquisar passagens aqui.
Ônibus – ônibus de várias cidades brasileiras chegam em Brasília. Os horários e duração do trajeto dependem da cidade de destino. A capital federal tem uma rodoviária interestadual com boa infraestrutura.

Quando ir à Brasília

Brasília tem duas estações do ano definida: a época da seca e a época da chuva. A primavera e o verão do cerrado costumam ser chuvosos, enquanto que o outono e o inverno são mais secos.
Para curtir as cachoeiras e cidades vizinhas, como Pirenópolis e Chapada dos Veadeiros, a melhor época para conhecer a cidade é no período da seca.

 Onde ficar em Brasília

Em Brasília, tem um setor específico para os hotéis. Fica no Setor Hoteleiro Norte ou Setor Holeteiro Sul. Ambos ficam pertinho do centro da cidade, próximo à Torre de Televisão e Esplanada dos Ministérios.
Outra opção, é se hospedar à beira do Lago Paranoá, um pouco mais distante do centro, onde ficam os resorts e apart hotéis com piscina e área de lazer completa. Às vezes tem promoções e vale a pena. Recomendamos o Lake Side Apart HotelThe Sun ResortRoyal Tulip Brasilia Alvorada e o Brasília Palace.

O que comer em Brasília

Brasília ainda é uma cidade nova e está em busca da sua identidade gastronômica. Há uma diversidade de restaurantes de culinária internacional e nacional. Mas tem uns cantinhos que os brasilienses chamam de “seu” e consideram como culinária local. Listei alguns locais para visitar:
  1. Restaurantes da Orla da Ponte JK – ao lado da Ponte JK, tem vários restaurantes de gastronomia nacional e internacional. A vista é para a Ponte JK e vale a pena!
  2. Pizzas Dom Bosco – para os brasilienses, é a melhor pizza do mundo. Para os turistas, parece um calzone. A original fica na 107 Sul, na quadra da Igrejinha Nossa Senhora de Fátima (quando for visitar, dá uma passada lá!). Você come em pé com a barriga no balcão. Você pode pedir “uma simples” (apenas uma fatia) ou “uma dupla” (duas fatias uma sobre a outra). Não esqueça de pedir o mate ou o suco de caju (ou maracujá).
  3. Churrascaria Buffalo Bio foi inaugurada em 11 de agosto de 2000, com o intuito de reunir as melhores tendências do setor em Brasília (DF). Nossa Casa tem enfoque em entregar um churrasco de qualidade, repleto de sabor e atendendo também a paladares sofisticados, tornando seus momentos mais intensos e marcantes. Fica na CAS Chácara 35 Lote 58 - Taguatinga EPTG
  4. Beiture e Libanus – dois bares/restaurantes informais e tradicionais de Brasília. Ambos são especialistas em petiscos árabes, mas servem todos os tipos de pratos. O Beirute fica na 109 Sul e o filé à parmegiana e o kibeirute são espetaculares. O Líbanus fica na 206 Sul e tem a cerveja mais gelada da cidade e o kibe cru ou frito são sensacionais. Os dois “butecos” são ideais para o happy hour.
  5. Restaurantes dentro dos órgãos públicos – alguns prédios do Governo possuem restaurantes para a hora do almoço. Os do Itamaraty e da Câmara dos Deputados são os mais famosos. Coloque no seu roteiro, quando estiver visitando a região. Geralmente, são abertos a quem não é funcionário do governo depois das 13:30.
  6. Cachorro-quente do Landi – para quem gosta de cachorro-quente, Brasília é a cidade certa! Em cada quadra tem uma barraquinha com o lanche, mas o do Landi é diferente. O pão e a batata palha são caseiros, os ingredientes de primeiríssima qualidade e atendimento ótimo. Não tem muitas opções, apenas pão, salsicha, molho, queijo e batata palha e custam R$5,00. A barraquinha fica na 405 sul, perto do Líbanus.
  7. Coco Bambu – restaurante à beira do lago especializado em frutos do mar. O ambiente é agradável, a comida vem bem servida e a vista para o lago é sensacional. O preço não é dos mais baratos, mas é justo. Fica no Setor de Clubes sul, atrás do Clube Asbac e perto do Clube Cota Mil.

Vida noturna de Brasília

Brasília não é famosa pela agitada vida noturna. Pelo contrário, na cidade as leis são bastante rigorosas e uma delas – que incomoda bastante a juventude da cidade – é a lei do silêncio (que limita o número de decibéis e multa diariamente vários bares e casas noturnas causando o fechamento de suas portas).

Mesmo com um governo tão rigoroso, os brasilienses lutam contra isso e lotam os bares e as casas noturnas da cidade. Os bares mais tradicionais são o Beirute, Líbanus, Bar Brasília e Armazem do Ferreira, que praticamente nasceram com a capital.
Se você gosta de começar pelo happy hour e emendar numa balada as opções de bares e pubs que se transformam numa pequena balada são: Universal Diner, Empório Santo Antônio, Feitiço Mineiro, BalcoNY 412, Bar do Mercado, Bier Fass Pontão, Loca Como Tu Madre, Paradiso Cine Bar, Primeiro, Pinella, Poizé, Piratas e Bar Santa Fé.
Os pubs mais famosos sao: O’Rilley Irish Pub, Zero61, 10 0 13 Jazz Pub, UK Music Hall, Velvet Pub, America Rock Club e La Ursa.
Se seu objetivo é ficar num barzinho conversando e vendo gente bonita os bares mais badalados são: Boteco, Boteco do Juca, Botequim Informal, Chiquita Bacana, Chopperia Pinguim, Fausto & Manoel, Mormaii Surf Bar, Na Venda, Outback, Stadt Bier e Villa Imperial. Na Asa Norte tem uma quadra comercial cheia de barzinhos, fica na 408 Norte.
Para os amantes do samba (Brasília tem músicos premiados na categoria) tem o Clube do Choro, Outro Calaf, Bar Brahma, Armazém do Ferreira, Bar do Mercado, Fulô do Sertão e Comida e Arte.
As boates da cidade são: Bamboa, Roda do Chopp, Barril 66, Capella Lounge Bar, Divina Living Bar e Villa Mix. Victoria House é a balada LGBT mais famosa da cidade.
Confira se algumas dessas festas acontecerão no período que você passar pela capital: Makossa, Balako, Funfarra, Confronto Soundsystem, Criolina, Festa da Vivendo e Melanina. São festas alternativas e de tradição que lotam e valem a pena!

Compras em Brasília

Brasília é rodeada de shoppings centers ideal para os consumistas de plantão. O maior é o ParkShopping, que fica mais afastado do Plano Piloto. No Plano Piloto tem o  Brasília Shopping, o Pátio Brasil e o Conjunto Nacional. O Liberty Mall é famoso por ter as lojas das marcas mais famosas com peças exclusivas. Outro shopping com características de ter lojas caras e famosas é o Iguatemi que fica no Lago Norte.
Perto de Brasília tem o Outlet Premium. Fica entre Brasília e Goiânia e é destino certo para os amantes das compras. Você pode chegar lá de carro, ônibus com destino à Alexânia, Anápolis e Goiânia ou com o Transporte Exclusivo do Outlet Premium.
O embarque do transporte exclusivo do Outlet Premium acontece no Bolsão do Teatro Nacional, no estacionamento da Funarte, e no Autoposto Nenen’s aos sábados e domingos, com saída também às 10h, e retorno às 16h. O percurso leva em torno de 45 minutos. Os interessados devem fazer a reserva através do telefone: (61) 4103 4018 ou e-mail atendimento@snart.com.br, de segunda à sexta-feira das 8h às 18h e sábado das 8h às 12h.
As feiras permanentes de Brasília também são uma ótima opção para compras de lembrancinhas ou artigos de roupas e decoração. As preferidas dos turistas são a Feira de Artesanato da Torre de TV onde você pode comer os pratos típico do nordeste e a Feira dos Importados onde se pode comprar de tudo (fique atento, pois nem sempre os produtos são originais!) . Mas você pode ir também na Feira do Guará e encontrar coisas mais regionais, principalmente relacionada à gastronomia.
Se você quer comprar produtos com a cara de Brasília, as lojas colaborativas de produtos brasilienses estão ganhando mercado. A mais famosa é a Endossa e BSB Memo. Recentemente inaugurou no shopping Iguatemi a Nós – Mercado Criativo.

Mobilidade em Brasília

“Brasília foi projetada para se andar de carro!” Essa afirmação não é tão verdadeira assim, apesar de ser bem mais prático andar de carro pela cidade, já que a distância entre os pontos turísticos é grande.
Locomover-se pela cidade pode parecer difícil à primeira vista, mas depois que você entende como funciona Brasília, você vai ver que é a coisa mais fácil do mundo, afinal ela foi planejada! Saiba como se localizar em Brasília!
brasília, eixo monumental, esplanada dos ministérios,

Transporte público

O transporte público é um dos pontos negativos da capital. Ele é precário e os horários são imprevisíveis.
As rotas de ônibus não passam por vários pontos da cidade e se passam, os pontos de ônibus são distantes dos pontos turísticos. Nas distâncias mais curtas, como Asa Norte e Sul e Esplanada dos Ministérios, vale a tentativa. Para os pontos mais distantes, como Orla do Lago e Palácio da Alvorada, prepare-se para se irritar com a espera ou com a longa caminhada entre o ponto de ônibus e o local de destino.
metrô é bem limitado, só tem duas linhas. A linha verde sai da rodoviária do Plano Piloto, passa Asa Sul e vai para o ParkShopping, Guará, Águas Claras, Taguatinga Norte e Ceilândia. A linha laranja faz o mesmo trajeto até Águas Claras e segue para Taguatinga Sul e Samambaia.
O primeiro vagão do metrô (após a cabine do piloto) é de uso exclusivo de mulheres e pessoas com deficiência e está sinalizado com adesivo indicativo. O último vagão é de uso dos ciclistas com suas bicicletas (não pode exceder 5 bikes por vez dentro do vagão).
Se você quer baratear a viagem, esta é a melhor escolha. Mas saiba que você precisará de muita paciência! As vezes vale gastar um pouco mais e evitar se aborrecer.

Carro

Alugar um carro é Brasília pode ser a melhor opção para quem viaja com até 5 pessoas. Vocês terão mais liberdade e optimizarão o tempo de deslocamentos, além de ser uma alternativa que deixa o orçamento mais barato.
Os estacionamentos, tanto no centro da cidade como nos pontos mais distantes são amplos e gratuitos, o que facilita a vida e economiza no orçamento. No entanto, o grande número de flanelinhas (guardadores de carro) são um problema. Existe um credenciamento junto à Administração da Região Administrativa e eles devem usar um colete verde com o número de identificação. O pagamento não é obrigatório (muito menos se eles cobrarem adiantado). Não há valor definido e você pode dar uma gorjeta da quantia que quiser ou simplesmente não pagar nada.
As largas avenidas são um perigo para quem gosta de altas velocidades, pois os “pardais” – apelido dado pelos brasilienses aos radares – estão aos montes em todas as pistas da cidade. Fique atento ao limite de velocidade, porque numa mesma avenida a velocidade pode ser de 80km/h e em menos de 500m ela passa a ser 60km/h.
É lei parar na faixa de pedestre se o pedestre acenar pedindo passagem (sinal de vida – abanar o braço em direção à faixa antes de atravessar). Não é permitido buzinar (só em casos de acidente eminente).
Lei Seca é levada à sério na capital federal. As blitz são constantes e carros de polícia vagam pelas ruas em busca de motoristas bêbados. Lembre-se que você pode ser parado a qualquer momento se o policial achar que você está embriagado, mesmo se não houver blitz.

Táxi, Uber e Cabify

Táxi em Brasília é raro e muito caro. Os taxistas não param para passageiros no meio da rua e a única maneira de conseguir um é ligando para uma central ou utilizando os aplicativos. O preço das corridas é superior à outras cidades brasileiras e isso pode assustar.
Uber e o Cabify são regulamentados sem limite de carros e de serviços. Qualquer um dos dois valem mais a pena que o táxi.

A pé

Andar a pé por Brasília é comum apenas nas entrequadras do Plano Piloto, Sudoeste e algumas cidades satélites (Regiões Administrativas). Nos Lago Sul e Norte, é bem mais difícil, pois os comércios ficam longes das áreas residenciais.
O pedestre é respeitado e tem preferência nas faixas de pedestres. É só fazer o sinal de vida (abanar o braço em direção à faixa antes de atravessar) que o motorista, ciclista ou motoqueiro precisa parar.

Bicicleta

De uns anos para cá, Brasília começou a adotar a bicicleta como transporte. Ciclovias foram construídas na cidade e foram feitos programas de conscientização da população. Não é um sistema completamente seguro como na Holanda, mas está caminhando para ser.
Um projeto sustentável bem legal para estimular o uso da bicicleta é o Bike Brasília, onde bicicletas estão distribuídas em pontos estratégicos da cidade. Você faz o cadastro no aplicativo e paga uma tarifa fixa para utilizar as bikesconfira aqui!
Fonte: Az Wanderlust

DF



Bandidos reincidentes espalham violência e medo pelo Distrito Federal


A analista do Ministério da Cultura, Maria Vanessa Veiga Esteves, 55 anos, foi assassinada na terça-feira (8/8) quando chegava em casa, na 408 Norte. Ela foi abordada por dois homens no estacionamento do bloco em que residia e, em seguida, esfaqueadaReprodução

Um crime violento, em uma das regiões mais movimentadas de Brasília, fez explodir a sensação de insegurança entre os moradores do Distrito Federal. A analista terceirizada do Ministério da Cultura e pós-graduanda da Universidade de Brasília Maria Vanessa Veiga Esteves, de 55 anos, foi covardemente assassinada, com uma facada nas costas, durante um assalto na porta do bloco onde morava, na 408 Norte. O latrocínio chocou os brasilienses pela brutalidade e frieza dos bandidos, e também porque a dupla que abordou Vanessa na noite da última terça-feira (8/8) estava em liberdade, mesmo sendo reincidente em roubos violentos.
A mineira, que escolheu viver em Brasília por achar a capital da República uma cidade tranquila, agiu de acordo com as orientações das autoridades de Segurança Pública em todo o mundo: entregou a bolsa e não reagiu à ação dos ladrões. Ainda assim, foi esfaqueada, o que deixou especialistas e policiais do DF perplexos. “Foi um crime covarde, cruel, bárbaro e hediondo. Não havia a menor necessidade de matar a vítima”, lamenta o titular da 2ª Delegacia de Polícia do DF, Laércio Rosseto, responsável pela investigação.
Os dois autores desse latrocínio eram velhos conhecidos da polícia do Distrito Federal. Alecsandro de Lima Dias, de 26 anos, cumpria prisão domiciliar e tinha passagens por recepção e dois assaltos. Seu comparsa, de 15 anos, também coleciona atos infracionais, inclusive roubos. Segundo as investigações, eles queriam trocar os objetos da vítima por drogas.
A morte dessa senhora é um grito de alerta porque ocorreu no Plano Piloto, onde não é habitual esse tipo de crime, com incidência maior nas periferias. O caso é emblemático e mostra que a curva de violência parece ter saído do lugar no Plano"
George Felipe de Lima Dantas, consultor em segurança pública
Mas o caso de Maria Vanessa não é isolado. Entrou para a triste lista dos recentes crimes bárbaros registrados nas cidades do DF. Também tombou por mãos criminosas o comerciante Clodoaldo Alencar, atingido por um tiro dentro de sua loja de motos, em Sobradinho, no última dia 3. Em 21 de julho, o vigilante Carlos Carvalho Pereira foi alvejado por bandidos que invadiram seu local de trabalho, no Ginásio de Esportes da Candangolândia. Ele estava desarmado. O taxista José Soares Brandão e a professora Raquel Costa Miranda reforçam a estatística e a dor de inúmeros familiares e amigos.
Livres e reincidentesHá outra característica comum entre essas ocorrências: o fato de boa parte dos autores já responder por outros crimes violentos, mas permanecer livre até matar uma vítima. Uma situação que aumenta o terror da população e desanima as autoridades policiais. O chefe da Comunicação da Polícia Militar do Distrito Federal, major Michello Bueno, por exemplo, apreendeu o adolescente de 15 anos que esfaqueou a servidora do Ministério da Cultura no dia 28 de julho. O garoto foi flagrado pelo militar em uma tentativa de roubo a pedestres na 306 Norte.
É uma situação que causa um retrabalho para polícia. Temos que estar constantemente capturando os mesmos criminosos. E só prendemos em flagrante. Mas no outro dia esse indivíduo está nas ruas. É chato para os policiais porque têm casos de crimes graves e eles continuam soltos. Acaba que somos cobrados pela população, que não entende o porquê dessas pessoas não estarem presas"
Major Michello Bueno, chefe da Comunicação da PMDF
Os números levantados pela Secretaria de Segurança e da Paz Social apontam que, de janeiro a julho deste ano, 20 brasilienses morreram vítimas de latrocínio. No mesmo período de 2016, foram 28 ocorrências. A incidência de homicídios para a mesma época é de 270 contra 334 registros no ano passado. Na comparação com julho de 2016, as tentativas de homicídio cresceram 35%: foram 81 ocorrências neste ano contra 60 no ano passado.
Em 50% dos casos de latrocínio registrados em 2017 foram utilizadas armas de fogo. O segundo instrumento preferido dos bandidos são as armas brancas, opção em 28% das incidências. Objetos contundentes (11%), violência física (6%) e perfurocortante (5%) fecham a materialização dos roubos seguidos de morte.

Prevenção e ambienteEspecialistas ouvidos pelo Metrópoles apontam que a prevenção ao crime e o ambiente influenciam diretamente nas ocorrências. O professor e consultor em segurança pública George Felipe de Lima Dantas vê na tecnologia uma ferramenta para evitar esses atos.
“O investimento na tecnologia é melhor do que a reação para algo que já aconteceu. Efetivos são poupados e podem operar em menor número quando deixam de fazer patrulhamentos aleatórios para conter o fenômeno da violência quando ele ainda está em formação”, explica.
Esse tipo de contenção de crimes é chamado de policiamento preditivo. Ele é recorrente e aplicado com sucesso em cidades dos Estados Unidos, como Los Angeles. A Polícia Militar do Distrito Federal conta com uma Central de Inteligência, enquanto a Secretaria de Segurança Pública (SSP) dispõe de um setor voltado apenas para o suporte às chamadas operações de inteligência. Ele é gerido por Marcelo Ottoni Durante, subsecretário de Gestão da Informação (SGI).
“A Asa Norte não tinha um latrocínio há quatro anos. E, na Asa Sul, tivemos um em fevereiro. Esses casos acontecem de forma esporádica. O que tentamos é prevenir onde eles mais ocorrem, assim como os casos de roubo, que podem vir a gerar o latrocínio. Nosso foco é no roubo e no recolhimento de armas nas ruas”, detalha Marcelo Durante.
Estudioso em ambientes do crime, major da PMDF e pesquisador de prevenção criminal da Universidade de Brasília (UnB), Isângelo Senna avalia que o ambiente onde ocorreu o assassinato de Maria Vanessa Veiga era seguro. Mas considera que algo deu errado – e isso deve ser levado em consideração para conter a violência nas ruas do Distrito Federal.
A quadra em questão tem as características de prevenção criminal: apartamentos baixos, sem cerca, com boa visibilidade, pilotis, árvores podadas. Elementos que eram para inibir [a violência] e falharam. O que fica é a certeza da impunidade, nada mais inibe"
Isângelo Senna, PM e pesquisador de prevenção criminal da UnB


FONTE: METRÓPOLES

SEGURANÇA



Assassinos de servidora queriam trocar objetos roubados por drogas



A materialidade levantada pelos investigadores da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) sobre o latrocínio da 408 Norte não deixa dúvidas a respeito da autoria do crime. Ao Metrópoles, o delegado-chefe Laércio Rosseto garantiu que a dupla presa em menos de 24 horas após a morte da servidora Maria Vanessa Veiga Esteves, 55 anos, é a responsável pelo latrocínio (roubo seguido de morte). Segundo o policial, os dois queriam trocar os objetos roubados por drogas.
Daniel Ferreira/Metrópoles
DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES
DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES
DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES
A dupla levou a bolsa de Maria Vanessa, que foi jogada em um contêiner após a repercussão do assassinato. Novas apurações também estão sendo feitas para identificar se os suspeitos são responsáveis por outros crimes na região. “Temos algumas ocorrências de roubo e furto em aberto. Vamos investigar a autoria de cada uma delas. Descobrimos que eles (os presos) costumavam furtar e assaltar na região. Boa parte do que eles levavam, trocavam por drogas”, explicou Rosseto. Quem reconhecer os criminosos, pode ligar para o 197.
O delegado revelou que as investigações não caminham para um crime premeditado, pois imagens feitas por câmeras de segurança mostram os autores circulando em blocos da Asa Norte no dia do crime, possivelmente à procura de vítimas. “É revoltante por que mataram essa mulher. Ele disse ‘hoje estou a fim de matar alguém’”, contou Rossetto logo depois de apreender e ouvir o adolescente. Segundo o policial, a vítima entregou a bolsa aos ladrões, mas se recusava a passar a chave do carro. Por isso, teria sido esfaqueada.
Apesar do desfecho apontar como um crime de latrocínio, a Polícia Civil solicitou informações a respeito de Glauber Barbosa da Costa, dono do apartamento onde os assassinos foram presos, à Universidade de Brasília (UnB) e ao Ministério da Cultura. Glauber é estudante de pós-graduação da faculdade e já trabalhou no MinC, onde foi aposentado por invalidez em 2015. Tanto a instituição quanto o órgão federal também faziam parte da rotina de Maria Vanessa. Ela estudava na UnB e era analista no ministério. A quitinete era conhecida por ser ponto de encontro de usuários de crack.
METRÓPOLES

DF



Caesb localiza 40 irregularidades na rede de água só em uma semana


Resultado de imagem para LIGAÇÕES CLANDESTINAS DF

Ligações clandestinas e fraudes em hidrômetros foram os principais problemas detectados em Vicente Pires, no SOF Sul, em Taguatinga e no Riacho Fundo I FOTO: REPRODUÇÃO


Técnicos da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) identificaram, só nesta semana, 40 irregularidades nas redes de água, entre ligações clandestinas e fraudes em hidrômetros. Foram registrados Boletins de Ocorrência nas delegacias das localidades.
Equipes de vistoria e fiscalização comprovaram o furto de água direto da rede em um prédio da rua 6, em Vicente Pires, com 40 apartamentos e quatro lojas. Idêntica irregularidade foi detectada em um lava-jato, no SOF Sul, e em residências de Taguatinga Sul e Riacho Fundo I.
R$ 2,7 milhõesEstimativa do prejuízo mensal da Caesb com ligações clandestinas e desvio de água
A Companhia abrirá processo contra os infratores, além aplicar multa que pode variar entre R$ 1,2 mil e R$ 76 mil.
Os fraudadores identificados serão responsabilizados pelo pagamento da água consumida enquanto se beneficiaram do delito. Terão ainda de ressarcir as despesas com a retirada da ligação clandestina e os reparos na rede de abastecimento.
A Caesb vem atuando fortemente no combate às ligações clandestinas nas áreas urbanas regulares, com cerca de 27 equipes de campo e um eficiente processo de análise e inteligência para a identificação dessas ligações.

Em 2017, a Empresa já retirou aproximadamente mil ligações clandestinas de água no Distrito Federal, 520 a mais que no ano anterior. Algumas das irregularidades resultaram em mais de 200 ocorrências policias.
A Companhia estima que existam, no Distrito Federal, cerca de 38 mil ligações com potencial consumo não autorizado, que desviariam cerca de 680 milhões de litros com essa prática. O prejuízo estimado é de R$ 2,7 milhões ao mês.

AGÊNCIA BRASÍLIA