A jornalista Kêmily Barros, que faz parte do projeto Caravana Cultural é professora do curso de Criação de Reportagem ao lado de uma das aluna que concluiu o curso, Jaqueline Araújo
A CARAVANA CULTURALpassou por Taguatinga e os moradores da cidade puderam participar de vários cursos
como: Oficina de Multimídia, Oficina de Produção de Audiovisual, Criação de
Reportagem, Edição de Vídeo, Desenvolvimento de Aplicativos, Captação e Edição de
Imagem e Fotografia Digital. A carreta permaneceu estacionada na Praça do
Berimbau, que fica localizada na Chaparral em Taguatinga,durantecinco dias. Os cursos são uma iniciativa doInstituto Bogéa de Educação, Esporte e Música
– IBEM que sempre de formaitinerante;oferece cursos
rápidos e gratuitos com intuito de fomentara capacitação profissionalde
jovens e adultos residentes em 09 regiões administrativas do Distrito Federal. Contando com o apoio da Secretaria de Cultura do Distrito Federal.
A carreta da Caravana Cultural nesta semana está estacionada
no Riacho Fundo I, e a tecnologia para divulgação da cultural local a
qualquer momentopode estacionar na sua
cidade fique atento.
...Brasília é a execução, em alta modernidade, da ideia nutrida pelo Ocidente do que fora a plenitude grega"(Paulo Emilio Salles).
Sempre que, no eixo monumental, cruzo a linha imaginária que liga o Congresso Nacional ao Palácio do Itamaraty e vislumbro a Praça dos Três Poderes do alto da rampa que nela desemboca, me vem uma emoção genuína, que não se desgasta pela sua repetição. A visão privilegiada do conjunto da Praça, ladeada pelos seus três edifícios principais e adornada com a perspectiva do Itamaraty, à direita, é uma imagem que só se compara com a dos grandes espaços urbanos icônicos da humanidade.
A Praça dos Três Poderes é uma construção dos nossos tempos que evoca a tradição urbanística clássica, seja ela a da "Versailles do povo", como queria Lucio Costa, ou a da ágora grega da Antiguidade. Mas também há referências às "plazasmayores” ou “plazas de armas" das cidades ibéricas, hispano-americanas, e também às praças do nosso período colonial brasileiro. Essa mistura de influências poderia ter resultado em um pastiche pós-moderno de estilos não fosse a genialidade de Lucio Costa em traduzi-la na síntese clara e elegante de um desenho modernista, complementado pela arquitetura de Niemeyer, já tão comentada e enaltecida.
Em nenhum outro lugar do Plano Piloto essa confluência de talentos foi tão feliz a ponto de justificar, por si só, o reconhecimento pela Unesco de Brasília como patrimônio cultural da humanidade, que completou 30 anos em 07 de dezembro de 2017. O Relatório do Plano Piloto de Brasília, que completou 60 anos também em 2017, contudo, tem outras soluções, que com o passar dos anos, e ainda são poucos para o amadurecimento de uma cidade, confirmam a sua qualidade excepcional ou revelam suas fragilidades.
Foto: Pedro Paulo/ Jornal Central Brasil
Destacam-se as superquadras, reconhecidamente um dos melhores resultados urbanísticos produzidos a partir de conceitos modernistas e que se mantém como exemplo de espaço de alta qualidade (quase um oásis) em meio ao crescente caos urbano. Se pensarmos na Unidade de Vizinhança, que agrega quatro superquadras, seu conceito coincide em muitos pontos com o que se propugna atualmente como cidade compacta e caminhável, pois concentra em um espaço alcançável pelo pedestre, a moradia, o comércio de primeira necessidade e ainda a escola, a igreja, o posto de saúde, o clube de lazer e os equipamentos culturais.
Reconhece-se, contudo, que este ideal de cidade humanizante com uma densidade habitacional adequada, associada a áreas verdes e espaços públicos gregários não se cumpriu como desejado. O conceito de Unidade de Vizinhança só foi integralmente aplicado nas primeiras superquadras da Asa Sul e muitas de suas qualidades se perderam em outras áreas do Plano Piloto. O sistema viário, cuidadosamente desenhado segundo princípios racionalistas para dar fluidez ao trânsito, propiciou, por outro lado, o desenvolvimento de um culto ao automóvel, hoje mundialmente condenado e já não suporta o superlativo crescimento da frota. Para além do Plano Piloto-PP, a cidade cresceu de forma dispersa e em grande medida de maneira irregular. E mesmo onde foi planejado, o crescimento ocorreu sem a mesma qualidade de projeto e de investimentos que o Plano teve na sua implantação e continua tendo. Isto causou uma apartação crescente entre o PP e as demais áreas urbanas do DF, que criou um DF marcado por desigualdades que são ao mesmo tempo sociais e espaciais.
Por isso é compreensível que a população do DF que não habita o Plano Piloto não se sinta pertencente ao seu espaço urbano, pois o utiliza só para trabalhar ou fazer uso de serviços e equipamentos e cada vez menos. A mais recente Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - PDAD da Codeplan aponta que somente 7,2% da população do DF mora no PP, embora ainda 41,5% nele trabalhem. Assim não se pode estranhar se uma boa parte dos 93% de brasilienses que não moram no Plano talvez não valorizem a sua condição de patrimônio cultural da humanidade com se esperaria que fizessem pela relevância deste título.
13º Concurso de receitas com morango
Responsável: Técnica em Economia Doméstica Luciana Xavier Extensionista
Rural EMATER-DF – Comissão julgadora Professores e alunos do curso de
gastronomia – UCB – Apoio GEDES
Universidade Católica de Brasília – UCB, Taguatinga Sul
01/09/2017 à 10/09/2017
10h às 22h – Exposição Casa Rural – Estande institucional EMATER-DF e SEAGRI-DF (Artesanato e produtos diversos da Agricultura Familiar do DF)
10h às 22h – 4ª FLORABRAZ (Feira de Floricultura e Jardinagem de Brazlândia)
19h às 22h – Morangolândia (Exposição e comercialização de morangos frescos e derivados)
01/09/2017
19h – Abertura oficial
21h – Concurso da Rainha do Morango 2017
22h – Show com Macedo & Mariano
23h – Show com Banda Forró Bjú
02/09/2017
08h30 às 13h – 13º Encontro Técnico do Morango – Dia de Campo – Inovação tecnológica para irrigação de hortaliças
20h – Show com Karen Parreira e Banda
21h – Show com Zé Mulato e Cassiano
03/09/2017
14h30 – Premiação do 13º Concurso de Receitas com Morango
Sede da Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão -ARCAG, DF-180 km 27 – Brazlândia–DF
20h – Show com Banda Pé do Serrado
21h – Show com Ênio Lima e Gustavo Neto
08/09/2017 à 10/09/2017
10h às 22h – 28ª Exposição Agrícola de Brazlândia/DF
09/09/2017
10h – 2º Colhe & Pague Morango
EXCURSÃO DE COLHE & PAGUE NA CULTURA DO MORANGO
Visitas de consumidores às propriedades com produção de morango associada ao turismo
Frutos do Pará volta ao palco do Festival do Folclore e agita o público
Após seis anos de ausência, o Frutos do Pará voltou a encantar o Festival do Folclore de Olímpia na noite de domingo, dia 6. O grupo de Belém, um dos mais queridos do público do festival, foi o último a se apresentar no palco principal e agitou os presentes, que dançaram e cantaram.
O Frutos completa 25 anos em 2017. “Nada melhor do que comemorar esta data especial aqui, em Olímpia, que é a Capital do Folclore. Amamos esta terra, os olimpienses sempre nos receberam com muito carinho”, diz a coordenadora do grupo, Nazaré Azevedo.
O grupo Parafolclórico foi fundado em julho de 1992 por integrantes da Associação Cultural Francisco Oliveira, acumulando em seu repertorio coreográfico cerca de 30 danças e lendas que retratam a essência e a diversidade do povo amazônico, respeitando e mantendo as características peculiares do folclore local.
Apresenta um trabalho de resgate da cultura paraense utilizando como ferramenta a música e a dança folclórica do estado do Pará através de shows e oficinas folclóricas. Possui um elenco de 50 pessoas entre músicos, dançarinos e diretoria.
Já participou dos mais importantes festivais de Folclore no Brasil e em outros países, como Colômbia, Argentina e Qatar, sendo atualmente um dos principais representantes do Estado do Pará em festivais de folclore organizados pelo CIOFF E IOV. Integra a associação cultural Francisco Oliveira, que é Ponto de Cultura e ponto de memória do Brasil.
PALCO
A programação de palco do domingo, segunda noite do 53º Festival do Folclore, teve início por volta das 20 horas. Antes do Frutos, que encerrou as apresentações, passaram pelo palco principal do Fefol o Grupo Parafusos, de Sergipe; a Cias. de Santos Reis Estrela Guia do Oriente e Os Viajantes de Belém, de Olímpia; Os Catireiros de Olímpia - Grupo Nossa Senhora; a Orquestra Sanfônica Trupé do Sertão, de Major Sales, Rio Grande do Norte (inédito); Cia. de Santos Reis Magos do Oriente, Terno de Moçambique de São Benedito; e Grupo Parafolclórico Frutos da Terra, os três de Olímpia; Caboclos e Rei de Congo do Mestre Bebé de Major Sales, do Rio Grande do Norte; Grupo Folclórico Brasil Central, de Anápolis, Goiás (inédito); Grupo Parafolclórico Terra da Luz, de Fortaleza, Ceará; Balé Folclórico Sisais, de Pocinhos, Paraíba (inédito); e o Grupo Expressão Popular Flor e Barro, de Caruaru, Pernambuco (inédito).
O Palco “Iseh Bueno de Camargo” recebeu os grupos Aruanda, de Belo Horizonte, Minas Gerais; Bumba Meu Boi Brilho da Ilha, de São Luiz do Maranhão (inédito); Tradições Populares Acauã da Serra, de Campina Grande, Paraíba; a CIA de Danças Folclóricas Trilhas da Amazônia de Belém; Reisado Zé de Moura, de Poços de José de Moura, Paraíba; Tradições Folclóricas Raízes Nordestinas, de Fortaleza, Ceará; e Xuatê Carajás, de Parauapebas, no Pará (inédito).
A Cidade de Goiás completou 290 anos de existência. Simbolicamente
foi feita a transferência da capital de Goiânia para a antiga Vila Boa.
Várias autoridades participaram de atividade festiva. Algumas foram
homenageadas, recebendo a Comenda do Mérito Anhanguera. A transferência
simbólica teve tom de despedida. Marconi Perillo se emocionou ao
encerrar discurso e disse que seria a última vez dele em atividades como
a realizada nesta terça-feira, enquanto governador.
“É com um sentimento de nostalgia que eu encerro dizendo que talvez
essa data de hoje seja a de todas a mais emocionante porque é a última
na condição de governador eu presido esta cerimônia tão bela, tão
carregada de emoções, de tradições, de sentimentos, de glórias (...)
deixarei de vir aqui enquanto governador do estado, mas estarei aqui
enquanto vilaboense”, destacou Marconi Perillo.
O governador disse que não está pensando em ser candidato à
presidente da República ou a outro cargo nas próximas eleições. O gestor
confirmou que irá se desincompatibilizará do governo e disse que abrirá
espaço para o vice, José Éliton Júnior, assumir o controle do Estado
durante um período de 9 meses.
“Não estou pensando em nada. Dificilmente serei candidato a alguma
coisa na próxima eleição. Vou me desincompatibilizar porque quero dar
espaço para o vice-governador ser governador do Estado. Ele será
governador por 9 meses, foi corretíssimo comigo, tem sido absolutamente
leal, tem me ajudado em todas as frentes de governo, acho mais do que
justo, de que ele que é jovem tenha oportunidade de deixar o seu legado e
mostrar a sua competência”, declarou o governador durante entrevista
coletiva.
Marconi e José Éliton tem feito diversas visitas a cidades do
interior goiano, lançando e vistoriando obras do programa Goiás na
Frente. Questionado pelo Diário de Goiás se espera alguma consequência
política que possa ajudá-lo no processo eleitoral do próximo ano, já que
é pré-candidato ao governo estadual, José Éliton declarou que apesar de
não ser o objetivo principal do programa, espera bons resultados, a
partir de uma boa avaliação como desdobramento dos benefícios que estão
sendo levados a diferentes regiões do estado.
“Temos procurado a dar respostas, ouvir as demandas e anseios,
atendendo os problemas de cada região. É claro que ninguém ignora que o
efeito eleitoral poderá vir de um processo em que a aprovação do governo
é pautada a partir dos resultados apresentados à população. Esse é um
objetivo consequência e não principal”, explicou José Éliton. Homenagens
Durante o ato de transferência simbólica da capital, também ocorreram
diversas homenagens a importantes autoridades que compareceram como os
governadores dos estados de Minas Gerais, Roraima, Mato Grosso do Sul,
Piauí, Alagoas e Distrito Federal. Estiveram presentes ministros do
governo do presidente Michel Temer da área da Saúde e da Cultura.
Embaixadores e representantes da sociedade civil também receberam a
Comenda do Mérito Anhanguera.
“O que eles fazem pelo Brasil, pelos estados deles, merecem ser
homenageados porque são representantes eleitos pelo povo. Fazem parte da
Federação Brasileira. É mais do que natural homenagear ministros,
prefeitos, governadores, promotores de justiça, jornalistas, aqueles que
fazem de alguma maneira pelo Brasil. Procuro fazer isso como sinal de
respeito a outras unidades”, descreveu Marconi Perillo.
Enquanto
o país vive uma das mais grave crise econômica, políticas e
institucionais da história, Michel Temer disse durante cerimônia de
posse do ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, nesta terça-feira
(25), que o Brasil passa por dificuldades "mais ou menos
históricas".
Antonio Cruz/Agência Brasil
Em mais uma de suas pérolas verborrágicas na linha de fingir que
ainda governa, Temer afirmou em entrevista coletiva que o país tem
"dificuldades", mas isso "é mais ou menos histórico" no Brasil.
Num discurso totalmente fora da realidade, Temer disse que o país "está
se transformando após longa recessão" e que "começamos a respirar uma
nova economia e novos costumes".
“Vivemos em um país de muito otimismo. Temos dificuldades? Claro que as
temos. Mas isso é mais ou menos histórico no nosso país... a capacidade
extraordinária de recuperação do povo brasileiro, de otimismo, de crença
nas nossas instituições. E hoje, especialmente, a absoluta crença em
que o país está se transformando depois de uma longa recessão. Começamos
a respirar uma nova economia e novos costumes no nosso país”, disse
Temer.
Nem mesmo o ministro empossado foi tão sonso. Em seu discurso, Leitão
reconheceu que assume em um "momento difícil no país" e disse que é
necessário "ressuscitar sonhos". Mas para não destoar do discurso do
governo, Leitão disse que "as condições do país são adversas", mas que
"estamos começando a sair da maior recessão de nossa história".
Sá Leitão é o quarto ministro a tomar posse desde que Temer usurpou o
poder, em 2016. Assim que assumiu a presidência, Temer tentou
transformar a Cultura em uma secretaria subordinada ao Ministério da
Educação, mas depois de muitos protestos dos artistas e ocupações de
instalações do governo, recuou e devolveu à pasta o status de
ministério.
Patrimônio histórico do Distrito Federal e do País, o Hospital
Juscelino Kubitschek de Oliveira é considerado um marco para a história
de Brasília. O primeiro espaço de saúde da capital, que ficava onde hoje
está o Museu Vivo da Memória Candanga, comemorou 60 anos com uma
homenagem a funcionários pioneiros. A cerimônia ocorreu neste sábado (8), na sede do museu, que fica na Epia Sul, próximo ao Núcleo Bandeirante. Fundado
em 6 de julho de 1957, o conjunto arquitetônico do hospital é
testemunho da época da construção de Brasília. A partir de 1968, passou a
atender somente como posto de saúde os moradores do Núcleo Bandeirante
e, em 1974, encerrou as atividades. “O Hospital Juscelino
Kubitschek de Oliveira apresenta uma característica muito singular da
época, que era a simplicidade e a funcionalidade das coisas. Uma obra
simples, mas que serviu muita gente e cumpriu uma missão muito
importante”, ressaltou o governador Rodrigo Rollemberg. Para a
diretora do Museu Vivo da Memória Candanga, Rosane Stuckert, a entrega
do certificado de honra aos funcionários do hospital é um gesto de
reconhecimento pelos serviços prestados aos candangos. Entre os 30
homenageados estava o primeiro diretor, o médico Edson Porto. Hoje com
85 anos de idade, ele ajudou a construir o lugar em 1956. A
unidade localizava-se entre os três principais acampamentos de pioneiros
na época — Cidade Livre (Núcleo Bandeirante), Lonalândia
(Candangolândia) e a invasão do IAPI (Instituto de Aposentadoria e
Pensões dos Industriários).
Hospital funcionava 24 horas por dia e tinha alojamentos
Com 1.265
metros quadrados de área edificada em madeira, abrigava: ambulatório,
centro cirúrgico, serviços gerais, administração, residência para
médicos e funcionários com famílias e alojamentos para solteiros. A
parte hospitalar, que funcionava 24 horas por dia, tinha 50 leitos,
oito enfermarias dispostas em duas alas divididas em feminina e
masculina, duas salas cirúrgicas, aparelhos de raio-x, laboratório de
análise clínica, sala de ortopedia, maternidade, berçário, farmácia e
gabinete dentário com raio-x. Organizado pela Subsecretaria de
Patrimônio Cultural, da Secretaria de Cultura, o aniversário de 60 anos
de fundação contou ainda com a presença do secretário de Cultura,
Guilherme Reis, e da colaboradora do governo Márcia Rollemberg. Além da solenidade, houve o lançamento do calendário impresso do artista Antônio Delei e do livro infantil AlaKkala, da escritora Juliet Jone. Leia o pronunciamento
do governador Rodrigo Rollemberg na comemoração dos 60 anos de fundação
do Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira.
Edital irá contemplar projetos de jovens profissionais para canais web e aplicativos, além de festivais e mostras de audiovisual(Foto: Bruno Fortuna/Fotos Públicas)
Com cinco editais que totalizam R$ 8,6 milhões, o Ministério da
Cultura lançou hoje (7), em Brasília, o Programa Nacional de Fomento do
Audiovisual.
De acordo com o ministério, pela primeira vez,
serão contemplados projetos para canais web e aplicativos, além de
festivais e mostras de audiovisual. As inscrições começam nesta
sexta-feira (7), a partir da meia-noite, e poderão ser feitas até 21 de
agosto. O objetivo é enriquecer e modernizar os editais já conhecidos,
como os de curta metragem, com o incentivo à produção de novas mídias.
“O jovem hoje se comunica pela internet. Você é produtor e distribuidor
do conteúdo que prepara”, disse a secretária de Audiovisual da pasta,
Mariana Ribas. Segundo a secretária, o refinamento exigiu
reflexão, para preservar um “dos grandes legados”, e não “somente
repetir” os antigos entendimentos. “Temos que identificar quais as
vocações do mercado, entender o que o jovem deseja.” Peça que tem
sobressaído no meio audiovisual, o canal web gratuito é contemplado em
um edital específico, o juventude vlogueira. Na categoria, serão
selecionadas 16 propostas de tema livre. O interessado, que deve ter
entre 18 e 29 anos, poderá concorrer mesmo se já tiver outros canais,
mas a proposta apresentada tem de ser original. Cada escolhido receberá
R$ 50 mil e terá que abastecer o canal com, no mínimo, dois vídeos por
mês, com duração de 5 a 15 minutos. “O interessante da cultura
digital é exatamente poder criar nichos, diversidade, mas cada um ter
seu foco. Tem um mundo de feministas que estão indo por essa linha e se
destacam. Você pode ter, em paralelo, os canais dos gamers
[jogadores] que fazem vídeos sobre jogos. É falar sobre a sua área, de
forma bastante específica. A gente quer ver essa diversidade de
temáticas nos editais e dar essa possibilidade a quem ainda não tem
sustentabilidade neste mercado“, afirmou a coordenadora de Novas Mídias
na secretaria, Lina Távora, mestre em cinema. Iniciantes na área
do audiovisual poderão pleitear tutoria de profissionais do ramo. O
treinamento é previsto no edital de desenvolvimento de roteiros, que
dará R$ 40 mil a cada um dos 12 projetos selecionados. Afinado
com a robustez digital, o edital App pra Cultura destinará R$ 20 mil
para cada um dos 40 aplicativos e jogos eletrônicos dedicados à difusão
desse ramo. A regra é que metade deles crie exclusivamente conteúdo
relacionado a cinema. Participação feminina Sucesso,
segundo Lina, de políticas afirmativas para a equidade de gênero, o
edital Carmen Santos busca assegurar a participação de mulheres no meio
cinematográfico. Essa modalidade e a de temática e público livres
subsidiarão 30 obras de curta metragem. Serão disponibilizados R$ 80 mil
a cada projeto. Pela primeira vez, o Ministério da Cultura
distribuirá também recursos para mostras e festivais. O incentivo ocorre
após a criação de um programa nacional relacionado à área. O edital é
dividido em três modalidades, que distribuem diferentes faixas de
recursos a partir do critério de experiência. Nenhum novato poderá
concorrer, já que o nível mínimo é de duas edições já realizadas. De
acordo com Mariana, prioritários para o ministério, os editais foram
elaborados no fim do ano passado. Ela admitiu a dificuldade de captação
de recursos hoje em dia. "A gente está passando por um momento bastante
complicado, os projetos têm tido bastante dificuldade para ser
desenvolvidos, e os produtores têm nos procurado.” “A gente sabe que nunca [a quantia de recursos] é suficiente, e não conseguimos atender todas as demandas”, ressaltou. Todos os editais do programa já podem ser consultados no site do ministério.