segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Judiciário na escola

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Judiciário na Escola

 

Seduc e TJE lançam projeto para combater violência doméstica

25/09/2017 16:02h
O Tribunal de Justiça do Estado (TJE-PA), em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), lançou na manhã desta segunda-feira (25), na Escola Estadual Souza Franco, em Belém, o projeto “Judiciário na Escola: unindo esforços no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher”, destinados a gestores, diretores e técnicos da rede pública estadual de ensino. O principal objetivo do trabalho é desmistificar e prevenir a violência de gênero, doméstica e familiar, sobretudo contra as mulheres, conscientizando alunos, pais, professores e todos os agentes envolvidos no ambiente escolar.
A pedagoga Riane Freitas, técnica do Tribunal de Justiça, apresentou o projeto e as fases que serão desenvolvidas nas escolas selecionadas com a ajuda da Coordenadoria de Ações Educativas Complementares (Caec), da Seduc. Prioritariamente, as escolas estão localizadas em bairros periféricos, onde há grande incidência de casos de violência contra a mulher. As escolas foram selecionadas e, agora, podem aceitar ou não a participação no projeto.
Algumas aderiram já no lançamento. É o caso da Escola Estadual Placídia Cardoso, no Bairro do Jurunas. A vice-diretora da instituição, Ana Vasconcelos, fez questão de garantir a participação da escola no projeto. “Sem dúvida, esse será um trabalho muito importante porque a violência está em todos os lugares, e a gente sabe que, muitas vezes, a criança sofre ou acompanha a violência na família e não consegue externar. É uma iniciativa louvável”, destacou.
Grande desafio - A juíza auxiliar Reijjane Oliveira, da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar, fez uma longa explanação sobre a violência contra as mulheres na sociedade atual e a importância da Lei Maria da Penha, em vigência desde 2006 no Brasil. “Agradecemos à Seduc por ter aceitado a proposta da Coordenadoria da Mulher, e desejamos que o projeto tenha início logo. Hoje, a violência contra a mulher é um mal que assola o mundo inteiro, e, no Brasil, não é diferente, tanto que foi preciso criar uma lei específica sobre essa questão. Sem dúvida, a lei trouxe muitas conquistas, mas o nosso grande desafio é trabalhar para que se mude a cultura da violência, do machismo, que impõe à mulher uma situação de submissão. Sem dúvida, o melhor lugar para isso é a escola”, frisou.
A coordenadora da Caec, Rose Nogueira, explicou que o projeto do Tribunal veio ao encontro dos objetivos da Coordenadoria, que trabalha temas transversais ao currículo escolar, desenvolvendo projetos com diversos parceiros, como o próprio TJE-PA. “As equipes da Caec estarão junto aos gestores, diretores e professores nas escolas, acompanhando como esse projeto vai acontecer, até que ele chegue aos alunos e suas famílias. O nosso trabalho não tem foco em um só segmento, mas em todos os segmentos da comunidade escolar”, pontuou.
Prevenção - O evento também contou com a participação da representante do Programa Pro Paz Mulher, Raquel Gibson, que parabenizou o Tribunal de Justiça e a Seduc pela iniciativa, e se colocou à disposição para auxiliar no que for necessário. “Nós estamos à frente desse atendimento, e percebemos que, quando a mulher resolve quebrar o silêncio, há uma grande dor para ela e a família. Por isso, precisamos realmente trabalhar a prevenção, para que os nossos jovens não se tornem futuras vítimas ou agressores. A educação é o melhor caminho”, ressaltou.
As escolas estaduais selecionadas para receber o projeto nesta primeira fase são Graziela Moura Ribeiro, Santa Luzia, Justo Chermont, Salesiana do Trabalho, Santos Dumont, Antônia Paes da Silva, Ruth Rosita de Nazaré, Amílcar Tupiassu, Acácio Felício Sobral, Augusto Olímpio, Camilo Salgado e Placídia Cardoso.
Por Elck Oliveira

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