quarta-feira, 23 de agosto de 2017

No bairro Vila Nova 170 Cultivo de arroz

No bairro Vila Nova, 170 propriedades rurais vivem do cultivo do arroz 

De acordo com a Epagri, são três mil hectares de área plantada em Joinville 


No bairro Vila Nova, 170 propriedades rurais vivem do cultivo do arroz  Salmo Duarte/Agencia RBS



Alex Sander MagdyelAlex Sander Magdyel

Quem já passou pelo bairro Vila Nova deve ter visto as grandes áreas de plantação de arroz, muito comuns na região. Famílias inteiras sobrevivem deste tipo de atividade. De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), só no Vila Nova, há cerca de 170 propriedades rurais que cultivam arroz em três mil hectares de área plantada. 

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Estes números credenciam o arroz irrigado como a principal cultura agrícola de Joinville. A última safra de arroz na cidade alcançou 500 mil sacas, segundo Onévio Antonio Zabot, engenheiro agrônomo da Epagri. Com o preço médio praticado de R$ 40 por saca, a movimentação financeira foi de aproximadamente R$ 20 milhões. 
– Essa cultura começou na década de 1930, com os imigrantes que vieram de Rodeio, Ascurra e outros municípios do Vale do Itajaí. É uma planta que é cultivada em áreas de várzea, inundadas. É uma produção segura e não depende tanto do clima, do regime de chuva – explica o engenheiro.

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Uma das famílias que cultivam arroz no Vila Nova é a Macoppi. Além de produzir o grão, eles têm uma empresa especializada na produção de sementes certificadas de arroz em casca. 



engenheiro agrônomo Roni Gil Macoppi, especialista em sementes, explica que a empresa fornece para o Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Tocantins e, principalmente, para Santa Catarina. São cerca de 10 mil sacas de arroz e 1,4 mil toneladas de semente por ano, de acordo com Roni. 

Do total de sementes, 300 toneladas são produzidas na propriedade, o restante é de produtores cooperantes de Joinville e cidades como Garuva, Guaramirim, Massaranduba, Camboriú, Rio do Cedro e Pouso Redondo. Roni diz que toda família trabalha na empresa. 

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– Nascemos na lavoura. É o que a gente sabe fazer muito bem. E fazemos porque gostamos – afirma.

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