quinta-feira, 25 de maio de 2017

SAÚDE

Bombeiros do DF são parceiros dos bancos de leite desde a década de 80
Profissionais são os responsáveis pela coleta do alimento junto às doadoras Créditos: Secretaria de Saúde do DF


Reconhecidos pelo Ministério da Saúde como serviço de referência nacional, os bancos de leite humano da rede pública de saúde do Distrito Federal são considerados os melhores do Brasil. A assistência, inaugurada na década de 80, é prestada à população da capital por meio da Secretaria de Saúde em parceria com o Corpo de Bombeiros do DF, que é o responsável pela coleta do leite na casa das doadoras.
O sargento da corporação Éder Cardoso atua no Banco de Leite Humano do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) há 10 anos. Ele conta que, desde o início do trabalho, sempre se sentiu envolvido com a causa por ser um ato de promoção à vida. Atualmente, ele é o condutor do veículo que realiza o recolhimento dos frascos. "É um serviço de atendimento completamente nobre, porque são vidas que salvam outras vidas. A atuação dos bombeiros não existe sem o trabalho dos profissionais dos bancos de leite da rede, pois funciona como uma cadeia onde todos estão conectados", explica Cardoso. Éder revela que se sente motivado por ver o resultado do seu trabalho alcançando tantos bebês.
Além dele, a sargento Tânia Alencar também presta atendimento na unidade do HRC há 23 anos. Ela atua, juntamente com Éder, na coleta do leite materno, no ensinamento das mães doadoras sobre o preparo do frasco que armazenará o alimento, realização da higiene pessoal antes de iniciar o processo, qual o local adequado para retirar o leite e outros procedimentos ligados à doação.



"Quando uma mãe decide colaborar, fazemos uma primeira visita com o intuito de explicar como funciona cada passo. Após isso, passamos a visitar semanalmente cada doadora e, com isso, criamos laços com todas elas. É muito gratificante ver como nosso trabalho promove a valorização da vida. É como uma corrente do bem, onde uma história influencia várias outras",
declara Tânia.
*DOAÇÃO –* A educadora física Lígia Teres, de 33 anos, é mãe de Maximus Macedo, de dois meses. Mãe pela primeira vez, ela comenta que, desde os primeiros dias de vida do filho, produziu muito leite e sempre sobrava o bastante para alimentar outras crianças. Foi quando decidiu procurar ajudar para saber como virar uma doadora. Semanalmente, Lígia doa dois frascos de 300 ml. "Com o tanto de leite que tinha, meu seio doía muito. Resolvi doar, porquese trata de um ato de amor, onde é possível oferecer alegria e esperança a outras mães que, por algum motivo, não puderam amamentar seus filhos. Vou continuar doando enquanto produzir leite", ressalta a doadora ao relembrar de um ditado ensinado pelos bombeiros: "O seio da mãe não é um depósito, é uma fábrica".

Lígia ressalta a importância da doação como uma forma de possibilitar o crescimento de outros bebês que precisam do leite materno para se desenvolver. "Cada mililitro doado é relevante e é um ciclo onde quanto mais a mãe retira e doa, mais ela tem. Defendo esse trabalho feito pelos bancos de leite, bombeiros e mães doadoras."

Fonte: Portal Saúde DF

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