Vexame na Libertadores é
o maior golpe em projeto de um novo Flamengo
O Flamengo colocou mais um vexame em sua lista de participações na Copa Libertadores. Só que a derrota por 2 a 1 para o San Lorenzo foi mais que uma simples eliminação precoce. Em um cenário de grandes investimentos e prioridade ao torneio continental, o vexame dado em Buenos Aires é o maior golpe no projeto de um "novo Fla" que cerca o clube nos últimos anos. Clique aqui e veja os gols da partida.Comandada por Eduardo Bandeira de Mello, a diretoria nunca escondeu que a principal competição do continente era o desejo maior no ano seguinte àquele em que brigou pelo título do Campeonato Brasileiro com o Palmeiras, mas também viu o bem-humorado "cheirinho" ficar pelo ar.
O impacto da eliminação é devastador nas pretensões de construir um novo Flamengo no aspecto esportivo. São três quedas ainda na primeira fase da Libertadores só nos últimos anos - 2012, 2014 e 2017. Os fracassos incomodam os torcedores, mas nenhum se compara ao da atual temporada.Desde 2015, quando contratou Paolo Guerrero, o Rubro-negro iniciou um projeto para alcançar títulos e recuperar o prestígio esportivo com conquistas atuais e constantes. O peruano puxou a fila. Chegaram Diego, Conca - que nem sequer estreou - e outros nomes de relevância. Na opinião dos dirigentes, o Flamengo tinha, enfim, um elenco capaz de corresponder aos anseios da torcida.
Todo o roteiro estava desenhado na cabeça dos cartolas.
O esforço foi tanto que alguns milhões de reais foram gastos para arrumar o Maracanã, que serviu de casa na primeira fase. Paralelamente, o clube firmou um contrato com a Portuguesa da Ilha para utilizar o estádio na competição.
A queda foi tão inesperada que o local nem pôde ser estreado pelo Rubro-Negro, já que que segue em obras.A expectativa de uma boa campanha fez o clube projetar premiações em seu orçamento para 2017 contando pelo menos com uma ida até a semifinal da Libertadores. O valor embolsado seria de R$ 15,3 milhões apenas em pagamentos da Conmebol. O Rubro-negro deixou a competição com R$ 5,4 milhões, o que corresponde aos três jogos como mandante da primeira fase. A boa campanha, no mínimo, seria a cereja do bolo no trabalho de saneamento fora dos gramados no qual a gestão atual tem se empenhado desde que assumiu.
Os dirigentes do Flamengo seguem em busca de resultados esportivos para o clube Foto: Gilvan de Souza/ Flamengo |
Fonte: UOL
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